quinta-feira, 31 de maio de 2007

CIDADÃO

Um monte de gente num monte de ruas, num monte de lugares que se engendram em endereços . Gente que se cruza , gente que anda a mil por hora, gente que vende artesanato, vagabundo e doutor, ninfetas feias e coroas enxutas. O futebol na quadra em pleno sol de meio dia, a sujeira e a beleza dos monumentos com a fumaça dos carros que avançam os sinais. Sinais dos tempos , das maquinas , das pessoas que se falam toda hora, e já transaram mas nunca se olharam olho no olhoe nunca se tocaram realmente.
A cidade de gente é da gente. A cidade nunca vai parar! A cidade dá filme, dá samba, dá rock. A cidade dá foto , dá briga, dá bar, a cidade dos cachorros, das putas e dos PM's.

Amo a cidade e suas nuances, suas cenas, seu cheiro. Me perco em suas esquinas.
E não gosto de passar no mesmo lugar onde já passei e não gosto de voltar pelo mesmo caminho que vim!
Vim vi e cresci ! Minhas babilônias perdidas nas poesias concretistas ou pós contemporâneas ! Dos sobrados aos arranha céus, eis que continue a inspirar minha vida e sempre!


terça-feira, 29 de maio de 2007

O Que Pode Ser, Que Não Pode Ser? E Será!

Ainda acredito em coincidencias, acasos, destino . Me pego pensando alto sem cerimônia no ônibus , remoendo os sentimentos eternos misturando-os aos novos. Olho pela janela porém nada vejo e os decibéis da cidade nem um pouco me incomodam! Penso, penso .As vezes fotografo uma ou outra cena com os olhos(ah se fossem uma camera).
Navego entre incertezas, pelos caminhos comuns e incomuns entre a prosa e a poética entre o mundo real e o virtual/cibernético/internético frenético! Entre a vida e os filmes do cinema.
Mas no fim sei com precisão o que preciso fazer, pra tudo ser quase como eu queira que seja!
Ainda sim tenho medo de um monte de coisa, mas faço cara feia e não deixo ninguem ver .
Estou cansado de mil coisas e não cansado de outras milhões. Aposto alto pra quebrar a cara. Não me controlo!
Só quero ver no que vai dar a tal novela da vida desprovida do "real"!

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brain damage!!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

A Morte estava ali.

Era pra ser mais um dia comum , ao sair de casa num dia nublado frio e feio .Desço do ônibus três pontos antes(costumo fazer isso quando tenho tempo )e ando calmamente até o shopping que fica de frente para o mar. Tudo parecia calmo, essa parte do centro de Niterói é bem movimentada, ali entre o terminal hidroviário e o rodoviário é passagem constante de muitos que moram muito longe do seus respectivos trabalhos.
Gente de todos os jeitos cores entre casais que namoram depois da escola(ou matam aula para tal)de frente para a Baía de Guanabara que se misturam a camelôs , apressados , mendigos.....
Ao entrar no terminal rodoviário me deparo com uma senhora de mais ou menos 70 anos negra pedindo ajuda dizendo que não se sentia bem. Lentamente ela foi se esvaindo, era um ataque cardíaco fatal. Chamei o socorro que não demorou tanto mas quando chegou já era tarde demais.A multidão de curiosos se expremia e se revezava para ver a pobre senhora que falecera em plena rua. Um plástico preto sobre ela colocaram ,isolaram a área.
Demorei um pouco para digerir o que acabara de se passar, quando uma moça bonita de rosto fechado e sério exclamou cética : -"Todo mundo vai morrer um dia! E a morte está bem perto de nós!"

segunda-feira, 14 de maio de 2007

A Espera.

16:30. Saio de casa cheio de esperança, rumo para o centro de niterói. O parque de diversões nômade desses que percorre as cidades do interior levando alegria aos lugares mais distantes de vida pacata começa sua movimentação, minhas expectativas aumentam junto com a luz que vai esquentando as cenas e deixando qualquer olhar com agua na boca.
Roda gigante , pula pula , carrossel , bate-bate, pipoqueiro , alegria..... tudo altamente fotogênico e agradável . ESPERO AS CENAS. Sinto me bem, faço mil rodeios em pensamento, e fotografo.
Inspiração, outro mundo, imagens e sons , cheiros variados. Penso como talvez a vida fosse só isso, me coloco como um deles ,se pudesse viajar e sair por aí .
No fim ir embora para o mundo real, uma pena. Onibus ,trânsito , obrigações de mais uma semana.

Olho fotografias e as sensações voltam como se estivesse ali, coleciono momentos que interpreto recortando-os do mundo.