segunda-feira, 30 de julho de 2007

Que os cobertores estejam com vocês!

Nesses ultimo dias frios, ficar em casa é um pouco menos pior do que sair. Os livros já cansaram de mim e os meus olhos deles, e também confesso estar comendo demais por conta das baixas temperaturas(isso felizmente é bom).
Cansei de adiar a tosa do cabelo, e me olhar no espelho e refletir sobre tirar ou não a barba incompleta que deus me deu, prefiro colocar a culpa no frio e não ter depois a preguiça de fazer a barba dia sim dia não. O frio me deixa mau humorado, triste meteorologicamente falando, preguiçoso e inquieto, além de desatento.
Na ultima tarde alguns raios de sol se aventuraram no céu, foram momentos unicos de alegria fotográfica e instantes de quentura valiosos, nesse momento deixei fugir um sorriso com uma gargalhada comedida, que assustou as pessoas na rua em volta. Uma senhora até me olhou feio deve ter pensado que o cabeludo era um maluco doidão, tadinha da dona. Ela não ficou alegre como eu e a culpa não foi dela.
E mais um dia foi assim, como qualquer outro dia, outro dia qualquer, o dia frio em que Bergman faleceu. E o dia mais frio do Rio nos ultimos 44 anos. Que os cobertores estejam com vocês!

sábado, 28 de julho de 2007

Degustação Caetânica!

Madrugada E Amor

Madrugada chegou o sereno caiu
Meu amor de cansaço
Caiu nos meus braços

Sorriu e dormiu .........
Eu só queria que não amanhecesse o dia
Que não chegasse a madrugada
Eu só queria amor
Amor e mais nada


..........................


Louco por você



TUDO O QUE RESSALTA QUER ME VER CHORAR
LOUCO POR VOCÊ
NADA ESQUECE DE ARMAR UMA LÁGRIMA
QUE ÀS VEZES VEM BATER
NA CARA
ONDA DO MAR
ATÉ GRITAR DE
FELICIDADE
TARDE CINZA, LÁGRIMA PRISMÁTICA
LOUCO POR VOCÊ
COR MULTIPLICADA, SOM, PALAVRA MÁ
PORQUE NÃO SEI DIZER
SAIBA
DIGA VOCÊ
AGORA É TARDE
FELICIDADE
BEM

Caetano Veloso


terça-feira, 17 de julho de 2007

Como Assim Strokes?

Outro dia estava eu em mais uma sessão solitária de segunda feira no Cinema da UFF, assistindo o filme "Marie Antoniette da Sofia Copolla ou Coppola sei lá, quando derrepente numa corridinha da protagonista e que protagonista diga-se de passagem estouram nos auto falantes da sala sultuosa de projeção os acordes inconfundíveis de "What Ever Happened?" musica que abre o segundo disco do The Strokes, o "Room on Fire" na mesma hora me perguntei o que que tá acontecendo?, como assim strokes?
Apesar de tanto Tenesse Uísque na mente eles não perdem o stile e o som sujo, e é logico todo glamour de ser a atual vanguarda do rock e, impotantissimo em Nova Iorque,
que andava precisando de boas novas faz um tempinho. Digo que na verdade depois de um belo passeio pela musica brasileira, pelo reggae e outros tipos sonoros os strokes me fizeram voltar a ouvir o rock, pois eles reinventaram guitarras, riffs, bebedeiras, bateria, dança e até reiventaram mulheres.
Depois deles apareceram muitas bandas e todo um mundo Strokes , uma nova modinha cool-dirty, ou dirty-cool , que logo depois foi bombada pelo aparecimento de bandas européias cheias da mesma bossa.
Foi otimo para muitos , as pistas de dança voltaram a ter rock no menu, e os velhos djs chatos se renovaram apesar de ainda muito chatos e farofeiros ganhando nosso dinheiro blah!
Os 3 disquinhos crocantes do Strokes são muito bons , temperados alcolicamente tem sabores sem igual, vale a pena experimentar e saborear sempre!
...

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Prefiro Assim

Me abstenho prefiro nem comentar
Nada reluz no dia cinza
O cansaço consumiu o que sobrou
E o destino não viu

É melhor andar,
O olhar desvia o cosmos
Não há mais nada racional......
A não ser a energia.

Então:

Peça uma pizza, e uma cervejinha
seja feliz meu amigo, já estás bem longe da subversão
Ligue a TV e faça a festa,
Ou
faça outros versos e apague a luz
Mas antes de sair, não se esqueça nunca que o tempo passa lentamente, lentamente................

quarta-feira, 11 de julho de 2007

DesaBAFO AcadêMICO!

Há muito venho notando o semblante das pessoas, que já não são os mesmos faz tempo. Não sei se são as novas tendências mundias, ou os isolamentos naturais causados pela falta de tempo livre. Nota-se o crescente numero de mau humorados, resmungões e chatos de carteirinha formados na escola da vida, alguns com Ph.D diga –se de passagem.

O pior disso tudo é que temos que aguentar pelo menos um desses por dia. Esses filhos da….espiral insana inquietos e cheios de suas razões são incansáveis. Sinais dos tempos, o prazer em ganhar dinheiro a qualquer mas qualquer preço vem transformando tudo com o passar dos anos, e sempre deixando as pessoas mais burras e corporativistas burocráticas e sem criatividade, opa! Perdão, criatividade para explorar ou arrumar alguma maneira de ganhar mais dinheiro há e sempre haverá. Mas isso não vem de agora, e não é minha intenção atropelar os ultramarxistas.
Meu problema é com a história do tempo hoje, é aí que mora a pulga que nunca morre. Quero ir além das bibliografias e poder ver o que se passou quero desconfiar com mais clareza da repugnância dos gananciosos que escreveram nossa história. É por isso que estou aqui, e não para ler Vernant e ficar enjoado com a história da Grécia Antiga! Quero sentir o cheiro do tempo passando e testemunhar as merdas que as pessoas fazem. Quero errar sempre sem ser anarquista!

Quero um microscópio e uma cerveja pra analisar a sociedade e o agora!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

O Pequeno Cão

A pequena estória do pequeno cão, começa numa manhã cinzenta na grande cidade. Tratado a pão de lo pela dona o cãozinho muito educado sai de casa serelepe, ele gosta muito de brincar é praticamente uma criança. Aventureiro e perspicaz o cão enfrenta a poluição, os pombos e sabe como poucos a arte de atravessar as ruas da selva de pedra. Malhado em bege e branco o cão possui um focinho gélido e está sempre com fome. Carrega junto a sua nobre coleirinha bem junto ao pescoço uma pequena e curiosa bolsinha rosa .
Quem poderia imaginar que esse fofo cão, não é tão inocente assim. Porra! O canino não veio ao mundo apenas para ser um simples cachorro. Além de ser o Auau de companhia da senhorita Rita Eugênia Pinheiro da Costa, era também um interceptador de jóias do primeiro escalão, a estranha bolsinha era onde levava os pequenos diamantes, sua especialidade. Toda fortuna da senhorita advinha dos pequenos grandes golpes do cão sorrateiro e miúdo. Nunca havia deixado uma pista sequer.
Um belo dia de sol quente, onde a urbe cheirava mal pois a coleta de lixo fora incompetente na noite anterior, o nosso antiheroi caminhava inescrupuloso e sedento por novas gemas e ainda carregava consigo a gloria da ultima empreitada !
Farejava com destreza o lixo na calçada , até que sua dona a jovem senhorita fora surpreendida por dois jovens meliantes que roubaram tudo que ela tinha inclusive o danadinho do cão, que defendeu até onde pode a bolsa. Os garotos foram denunciados por uma velha moribunda que testemunhou todo assalto e havia ficado puta da vida pois inocentemente havia achado que os pivetes tiraram o cachorro da pobre jovenzinha. Mal sabia ela. Os policiais ao prender os jovens assaltantes acharam o flagrante de 700 mil reais roubado na madrugada da casa de uma jovem socialite emergente, e que estava sendo levado para o aeroporto e viajaria para os estados unidos . O malandro de quatro patas hoje é guia de cegos e sua dona responde o processo em liberdade!

domingo, 1 de julho de 2007

Apenas mais um complexo Homem do seculo XXI

Antes mesmo de perceber o que se passava, ele viu que já não tinha mais jeito. Achava bom não saber o que sentia ao certo, tinha certeza, sentia o cheiro de novo e sede da descoberta.
Assim ele levava o cotidiano nas costas, entrava em contradição a cada esquina, seus pensamentos eram ao mesmo tempo objetivos e soltos. Cada caminhada em busca de afirmação espelhava toda sua vida. Assim era o jovem Ivor. Vinte e poucos anos era muito para ele, e pouco para suas aspirações vivia cada dia como se fosse o ultimo , vivia no seu mundo particular e sua imaginação era fértil demais para qualquer posicionamento politico, funcional ou pratico na sociedade. Sua sociabilidade era muitas vezes difícil, era desconfiado demais dos outros. Como qualquer outro homem precavido com o mundo, imaginava diversas possibilidades para cada assunto da sua vida e do resto das coisas que se passavam a sua volta. Ao mesmo tempo era um homem bem pratico, reciclava seu conhecimento periodicamente , assíduo leitor de livros de gastronomia e fã das crônicas de Nelson Rodrigues, frequentava como ouvinte a faculdade de comunicação social quando lhe convinha frequentar.
A vida para Ivor era um mero detalhe inflamado, ele gostava de caminhar pelas ruas do centro da cidade, sentir os cheiros ver as pessoas e criar possibilidades para diferentes estórias de vida dos outros, estranhos que cruzavam com ele pessoas na fila do banco, casais que discutiam ao esperar o sinal fechar, jovens trabalhadores cheios de expectativas corporativistas e capitalistas........Ivor sempre queria mais e seu inseparável bloco de anotações era seu melhor amigo, era ouvinte incessante de musica instrumental nunca se separava do disco do Egberto Gismonti : "Sonho70" sua trilha sonora da vida.
Ivor na verdade é somente mais um desses homens contemporâneos e complexos, cheios de expectativas e esperança, seu oficio é viver intensamente cada dia, o resto é meramente um detalhe!






em breve mais um pouco sobre Ivor!